sábado, 26 de novembro de 2011

Tudo. Para sempre.

Acho que nunca te disse... Acredito que o que nos une possui uma espécie de magia, um encantamento qualquer, um feitiço que dor nenhuma neste mundo conseguirá quebrar. Acredito que tu e eu somos caminhantes, talvez de outras vidas, e que à face deste mundo, mesmo que vivessemos a milhões de kilómetros um do outro, mais cedo ou mais tarde nos encontraríamos. Acredito que eu te reconheci e tu me reconheceste, acredito que tu e eu nos pertencemos por direito e que mais ninguém conseguirá completar-nos como nós o fazemos. Sei-te de olhos fechados, sei as tuas emoções mais secretas, aquilo que te magoa e tudo o que te faz feliz, sei dos teus sonhos e dos teus medos... Sei o teu cheiro, o teu sabor, a textura da tua pele, a maciez do cabelo, a profundidade do olhar. Sei o bater do teu coração contra o meu. Sei-te decor, como diz aquela música tão linda... Sofro quando tu sofres e fico feliz quando tu estás feliz. Talvez por isso, recuso-me a ferir-te uma vez mais que seja. Talvez por isso, entenda este passo atrás como sendo a única forma de poder continuar a caminhar em frente, do teu lado.
Se tenho medo? Tenho sim, tenho muito medo... Tenho medo de te perder para sempre e isso seria a maior de todas as dores...! O resto não me assusta, porque tenho as tuas mãos entre as minhas, eu sei, eu sinto-as.
Imaginei-me a entrar naquela casa contigo, aquela, debruçada sobre o mar com as portadas castanhas sobressaindo na cal branca... Imaginei que subíamos as escadas de mão dada, até ao cimo, e ficávamos em silêncio a ver o mar, talvez também o sol a morrer no horizonte, a ouvir os gritos das gaivotas e a olhar o desenho das ondas... Imaginei que nos amávamos aí, no cimo do mundo, acima dos homens, tão perto dos deuses, e que estes, condescendentes, fechariam os olhos para não nos perturbarem... Tenho tanta pena de não a ter conhecido, aquela casa que te diz tanto e que eu não conheço... Tenho pena de não ter sabido tornar as coisas mais simples, de ter falhado e de te ter desiludido... Perdoa-me... Por favor, perdoa-me meu amor.
Amo-te tudo. Tudo. Tu sabes.

Quem sabe um dia...



Cada um de nós parte na sua viagem.
Cada um de nós segue o seu rumo.
Cada um de nós vai em busca de encontrar o que procura.

Cada um de nós vai ter de aprender,
A respirar sem o outro.

E, no fim,
Quem sabe um dia,
Tudo termine numa praia qualquer.

Quando as nossas mãos se tocarem,
Na apanha do mesmo beijinho.

Até lá, tu sabes o que eu sinto,
Da mesma forma que eu sei o que sentes,
A mesma palavra sagrada.

Amor...