sábado, 29 de janeiro de 2011

Num Mar de Emoção


Estamos de regresso ao nosso mar. Sobrevivemos a mais uma tempestade. E encontramos, um no outro, o porto de abrigo para repousar o silêncio das palavras e deixar falar a voz do coração. Teimosamente persistimos, investimos e esperamos pelo nosso lugar ao sol. Não me importa se são eclipses. Não me importa o vazio e a solidão que por vezes sinto quando estou sem ti. Porque não conheço outro caminho para a felicidade para além do rumo que me leva até ti. Sempre até ti...


Tu sabes, mas não me canso de dizer e de te sussurrar ao ouvido (como tanto gostas), AMO-TE!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Até sempre


Este é o mais precioso dos meus blogs. O diamante no meio das pedras, a pérola dentro da concha, que só nós sabemos abrir. Porque ao longo de mais de dois anos ele não foi um blog... Foi, como já te disse em ocasiões anteriores, a nossa casa. A única possível. Mas a nossa casa. O avesso do nosso coração, aquele lado de dentro que ninguém suspeita que existe e que nós entregamos um ao outro numa partilha absoluta e total. Entrar aqui hoje e ver que permaneces, deixa-me feliz... Porque tu sabes, sempre o soubeste, o quanto significa para mim. Lembro-me de te ter falado nele a medo, timidamente, quando regressávamos da praia e de tu teres dito que não... Tínhamos as mãos entrelaçadas e eu conduzia devagar... Lembro-me de que me calei e não insisti, porque achava que era um sonho... E lembro-me também de que nesse mesmo dia à noite me disseste para o abrir. Deixaste tudo nas minhas mãos, numa confiança cega que me enterneceu... E escolher cores e imagens, palavras e versos, era um pouco como decorar a nossa casa e eu queria fazê-lo bem, queria que fosses feliz aqui, comigo...
Ao longo de mais de dois anos este blog foi riso e lágrimas, dor e saudade, luto e desejo, silêncio e palavras... Foi o espelho das nossas almas. É para mim o mais belo de todos os espaços, porque é o espaço do nosso amor, sem fronteiras e sem censura, sem máscaras, a nu... É o nosso Amor em imagens e poemas. Para sempre. Talvez por isso, como tu, tenho necessidade de me despedir antes de fechar a porta e apagar a luz, antes do silêncio e da escuridão. Teres ficado comigo neste espaço onde nos amámos tanto, é uma atitude de grande nobreza e que me enche de orgulho. É uma atitude de respeito por toda a entrega que fizemos um ao outro, pelo tanto que apesar de tudo, construímos.
Como tu, saio com o coração sangrando, partido em mil pedaços e eu que sempre segui o coração, não sei agora que pedaço seguir... Tu és o meu amor, o meu único amor. Abrir mão de ti e da felicidade que foi amar-te, é o tiro no peito que eu sei que tu também sentes... Sabes, sinto-me como o escorpião que preso num círculo de fogo e incapaz de fugir, se suicida enterrando no corpo a pinça envenenada... Seguirei os meus dias sendo uma pessoa diferente da que conheceste e amaste, porque hoje arranco o coração do peito e deixo-o aqui, na nossa casa, a salvo do círculo de fogo em que vivo. Sei que o protegerás e o continuarás a amar, porque sabes que ele te pertence e porque é a coisa mais nobre que eu te poderia dar... Deixo aqui hoje, quatro anos depois de te ter conhecido, a minha alma que é só tua. Para sempre. E o mar, o nosso mar, que é a testemunha que sempre nos abraçou e protegeu, que nos viu sorrir felizes e ouviu as nossas vozes alteradas, será eternamente a nossa casa. Na sua voz encontrarás sempre as minhas palavras, as minhas últimas palavras: Amo-te tudo, minha vida.
Desejo tanto que sejas muito feliz, meu sorriso de sol...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Até...


Venho aqui pela última vez. Acho que eu e os que, de perto ou de longe, fazendo-se ouvir ou em silêncio, acompanharam esta sonata ao longo de pouco mais de dois anos merecemos um último escrito. Contrariamente ao que aconteceu várias vezes no passado, desta vez não vou abandonar o blog. O “D” de Daniel permanecerá, mas não mais as suas palavras se farão ler.

Dizem que sempre voltamos aos lugares onde fomos felizes. Dizem e têm razão. Sempre recordamos os lugares e as pessoas que nos fizeram felizes, independentemente do que a vida e o destino acabam por nos reservar.

Neste espaço e ao longo de quase quatro anos vivi a minha “Chance em Mil”. Acabou por ser um amor impossível, pelo menos para dois seres humanos, unidos pelo mesmo sentimento mas separados em muitas outras coisas, que mereciam melhor sorte.

Apesar de tudo não me arrependo das escolhas que fiz. E as palavras que hoje me disseram foram as que eu precisava ouvir para encerrar em definitivo este capítulo da minha vida.

Como o mar sempre me acompanhou em cada passo que dei ao longo destes quase quatro anos, a imagem que aqui coloco foi desenhada para mim.

Até…