quarta-feira, 29 de maio de 2013

Faz um ano que me morreste, num dia de maio, e eu achava que se tivesses que morrer não deveria ser na Primavera, amor nenhum devia morrer na Primavera.
A tua morte destruiu-me, deixou-me um vazio, um espaço por preencher que jamais será preenchido. Aprendi a viver de alma amputada e sabes, as palavras dos outros não valem nada: o tempo não ajudou, é uma merda essa história de que o tempo vai ajudar. As saudades não vieram substituir a raiva e a dor, somaram-se apenas. E o nó na garganta continua a sufocar-me todas as lágrimas que desde há um ano ainda não consegui chorar.
A dor não passou. A saudade não passou. Tu nunca me irás passar. Vives (ainda) em mim. Até que eu morra o resto que me falta e o encontre num sítio que a minha fé gostaria de explicar.