sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Em 2011


Em 2011, sigo contigo na viagem da vida. Qualquer que seja o rumo. Qualquer que seja o caminho. Até onde os nossos passos nos levarem.
Feliz Ano Novo, meu Amor.
Deixo-te um beijo.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal Amor


Doçura, não podia partir para a tradicional Ceia de Natal sem te procurar na nossa casa. Sem me demorar aqui um pouco. À procura do teu sorriso lindo, do teu olhar de menina, do teu cheiro, do teu amor...
Passamos juntos mais um Natal e este é tão especial como o primeiro. Trocamos presentes, renovamos votos, sorrimos, apanhamos beijinhos e prometemos lutar, juntos, por este Amor tão grande como a imensidão do mar que hoje foi nosso cúmplice.
Um dia o Natal será só nosso. Um dia esta casa não ficará vazia. Estaremos os dois junto à lareira, de mãos dadas, na nossa casa virada para o mar...
Feliz Natal Amor!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Quero...


Quero ser o teu travesseiro durante a noite, o teu café da manhã ou o bombom que devoras à tarde.
Quero estar contigo minha vida... no trilho dos dias...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Contigo... aqui (com saudade)


Sento-me feliz. Partiste há poucos minutos mas o pulsar do meu coração continua a bater ao ritmo da saudade. Sim, saudade...
Nunca esta palavra fez tanto sentido como desde o dia em que te amei pela primeira vez. És o meu porto de abrigo. Quando chego, te encontro e me encontro.
Enquanto converso aqui contigo, na nossa casa, olho para a secretária. A mesma onde nos amamos com ardor e, uma vez mais, saudade... e solto aquele sorriso feliz... que gostas tanto...
Estou sempre contigo... aqui (com saudade)

Aqui... contigo


O computador ronrona baixinho, tu sorris... Ao fundo, a estação escolhida passa músicas ao acaso. Em nenhuma me centro... Só em ti... Só no teu corpo, a um gesto de mim... e páro para te beijar a boca, para te dizer que estou aqui... nesta hora suave, deixando cair todos os cansaços, todo o desalento...
A tua mão fria toca-me com vagar... procura o meu calor, demora-se na onda de uma carícia sobre os seios... E é neste momento em que o tempo pára, que me sinto barco chegando ao cais, ou ave em fim de viagem...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Aceito, sim. Não temas...


Hoje nem te apercebeste mas fizeste-me a mais bela de todas as declarações de amor. Hoje, sem o notares, contaste-me que eu era única para ti, a única mulher que o teu peito ama... Hoje não tinhas intenção, mas a tua boca não calou o que o coração te dizia... E escolheste-me. Achaste-me digna de ti, do teu amor, daquela coisa que nos assusta e a que chamamos futuro. Fizeste-me feliz e roubaste-me as palavras... Por isso, talvez por isso, entro na nossa casa para te dizer que não quero desiludir-te, que quero merecer para sempre o fio de prata com a peça roubada ao mar que me colocarás no pescoço no dia de Natal. Que quero trazê-lo sempre entre os meus seios e ser digna dele e de tudo aquilo que representa para ti. Que o aceito com um respeito enorme, o mesmo que teria perante um altar se entrasse contigo numa igreja. Aceito, sim. E mesmo não valendo nada, como tu dizes, ele valerá o teu coração que eu carregarei para sempre, junto do meu.
Amo-te tudo, minha vida.

À praia desejada...

Um dia será Verão. Acordaremos com a suave brisa do mar, batendo ao de leve nas portadas de madeira que resgarda a janela do nosso quarto, e ficaremos a olhar o mar azul que num ritmo cúmplice, a cada onda, chega à praia desejada. Como a nossa história de Amor. Com esse cenário de fundo, abraçar-te-ei e recordarei todos os desafios e obstáculos que ultrapassamos para podermos usufruir deste momento. Aí, segredar-te-ei ao ouvido o quanto te amo e como a minha vida sem ti não faz qualquer sentido. Selaremos este "coração desenhado na areia" com um beijo e ficaremos a contemplar o mar... que num ritmo cúmplice, a cada onda, chega à praia desejada...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Da Frustração e Da Tristeza


De que adiantam as palavras, as juras de amor, as promessas, os planos, os desafios ao destino, se continuo a sentir-me terrivelmente só e desamparado. De que adianta tentar acreditar numa relação possível de ultrapassar tudo e todos, quando todas as portas se fecham e nenhuma outra se abre. De que adianta entrar nesta casa (sonata), olhar em volta e não te ver. Não te encontrar? E me sentir (apenas) só?! De que adianta chegar com as mãos cheias de amor, desejo, saudade quando tu não estás aqui (nem em lado algum) para mim?!
De que adianta?!
(...)

domingo, 21 de novembro de 2010

sábado, 6 de novembro de 2010

Para ti, Amor...


O desenho
redondo do teu seio
Tornava-te mais cálida, mais nua
Quando eu pensava nele...Imaginei-o,
À beira-mar, de noite, havendo lua...

Talvez a espuma, vindo, conseguisse
Ornar-te o busto de uma renda leve
E a lua, ao ver-te nua, descobrisse,
Em ti, a branca irmã que nunca teve...

Pelo que no teu colo há de suspenso,
Te supunham as ondas uma delas...
Todo o teu corpo, iluminado, tenso,
Era um convite lúcido às estrelas....

Imaginei-te assim á beira-mar,
Só porque o nosso quarto era tão estreito...
- E, sonolento, deixo-me afogar
No desenho redondo do teu peito...


D. Mourão-Ferreira


Porque te amo muito, minha Lua. Também a ti te entrego o meu coração, para que o guardes na palma da mão, e o leves para junto do teu...

Fica contigo


Queria escrever-te um poema
que falasse de nós e te guardasse os sonhos...
Queria contar-te deste sorriso
que trouxe comigo quando te deixei...
Mas...
Vou só dizer-te que te amo
e entregar-te o meu coração
para que o protejas.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A noite. E o mar.


Vieste. Vieste e trazias a promessa e o desejo e os lábios carregados de beijos e de mar. Vieste. E depositaste-me nos braços da noite. Porque percebi, três anos e meio depois, que os teus braços eram impossíveis de conter, como a espuma do mar que velava por nós. Vieste e partiste. Levaste-me a espera e a esperança e o sonho. Deixaste-me a noite. E o mar.

sábado, 30 de outubro de 2010

De vez...


Teimosamente, vais-me matando aos poucos. De todo o emaralhado de problemas que te sufocam, qual teia assassina, o elo mais fraco, aquele que se solta em primeiro lugar, é sempre o mesmo. Talvez "nós" sejamos o teu maior problema. E não suporto mais isso.
Teimosamente, vais-me matando aos poucos. Mas, desta vez decido morrer de vez...

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Tudo, afinal


Estavas enganado amor, desculpa. Sempre que dizias que pouco temos, que cada vez temos menos, estavas enganado. Cada dia traz-te até mim, mais dentro, mais fundo... E hoje quero agradecer-te. Sim, eu sei que não gostas, dizes que o amor não se agradece... Agradeço-o a Deus então. Ou aos deuses. Ter-te comigo neste momento da minha vida em que tudo desaba, em que a serenidade foge como água escorrendo entre os dedos, é um presente divino... O teu amor esperando por mim, segurando-me nas quedas, nas derrocadas... O teu amor dando-me colo ao fim do dia, colando os cacos em que me vou partindo, conversando baixinho, brincando com os meus cabelos, acariciando-me a pele... O teu amor que finge não ver as linhas do cansaço nos meus olhos, que me limpa as lágrimas e me abraça tão forte... O teu amor do outro lado da linha, esperando que eu volte sem exigir nada em troca... O teu amor que me perdoa e esquece as pressas, os nervos, os esquecimentos, o descontrolo... O teu amor sereno, seguro, forte... Que acredita e cresce todos os dias. Sinto que te tenho por inteiro, de todas as vezes na cama onde nos amamos, em cada beijo, em todas as despedidas, a cada reencontro. E mesmo feita farrapo, partida em mil pedaços, com o coração assustado, mesmo sem brilho, sem ânimo e sem forças, é no teu abraço que me reergo, nos teus olhos que me reestruro, no teu sorriso que me renovo... Porque tu és a minha vida.
Como vês, estavas enganado, amor. Tenho-te por inteiro... e ao ter-te assim, desta maneira, tenho tanto...! Tenho tudo, afinal.

domingo, 24 de outubro de 2010

Nós


Acho que a felicidade é isto: sentir este amor pulsando cá dentro, pensar em ti e sorrir, acumular uma saudade imensa para depois naufragar nos teus braços, beijar-te a boca... e sussurrar baixinho: Amo-te!

Beijo-te


Acho que a felicidade é isto: partilhar o teu coração, sonhar contigo um futuro sorridente e guardar na palma da mão as tuas palavras para que me iluminem os sonhos.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Porquê...?!



A felicidade não devia circundar se não quer entrar. Sim, devia ficar permanentemente. Ao invés, brinca com as nossas inseguranças, inquietudes, e sobretudo com a nossa falta. É por isso que chove mesmo quando faz sol. É por isso que corremos atrás. Esperamos que o pessimismo não vença de novo. E ficamos... tristes... muito tristes... quando nos levam a felicidade e nos derrotam... de novo...
A chuva voltou a pairar sobre mim... e eu pergunto-me: Porquê...?!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sonho...


Não quero que sintas que abandonei a nossa casa. Podia tê-lo feito, como o fiz antes e por várias vezes, mas deixei-me ficar. Ainda que em silêncio, este foi um dos meus refúgios. Os outros tu já os conheces. Sabes que procuro nos elementos da natureza a Paz que tantas vezes me falta. E a Serenidade também. Ontem, falamos de sonhos. Quando tudo parecia precipitar-se, de novo, num abismo sem fundo, negro e frio, falamos de sonhos. Também os tenho. Também os alimento (ainda que em segredo). Mas o meu sonho maior não está à distância de semanas, meses ou anos. Não está refém de um eclipse que acontece de quando em vez num lugar bem longínquo do nosso. O meu sonho está à distância de um toque, de um abraço, de um beijo... está a um minuto de mim... ainda que às vezes pareça que está a milhares de quilómetros. O meu sonho tem poucas letras. Mas tem na Lua o teu rosto. Quero viver esse sonho sempre. Lutando contra amarras e algemas. Porque a Vida pode ser um sonho que sonhamos acordados. E é nesta casa que me deito e repouso. E espero que o meu sonho te traga até mim...

domingo, 17 de outubro de 2010

Detalhes


Na cozinha da tua casa, em cima de um murete, sobressaindo do verde das plantas que a rodeiam, existe uma miniatura daqueles radios antigos que o tempo já fez perder. Quando o vi pela primeira vez não estavas junto de mim, não sei porquê... E nesse momento em que o descobri, apeteceu-me pegá-lo com as duas mãos, com cuidado e devagar, tomar-lhe o peso, passar os dedos na tinta vermelha para lhe sentir a textura, ligá-lo para saber se dele, como por magia, se fazia ouvir alguma música... Fascinou-me aquela peça, ali pousada como se me olhasse... E desde então, de todas as vezes que entro na tua casa, não sei porquê, mas os meus olhos procuram o radiozinho e de todas as vezes ele me encanta... E quando te evoco em casa, quando te recordo na cozinha, também não sei porquê, mas a primeira imagem que vejo cá dentro é a do teu rosto junto da lindíssima miniatura vermelha entre as folhas verdes, tocando sempre, muito baixinho, uma sonata que é só nossa...

sábado, 9 de outubro de 2010

Nós


Com tantos biliões de pessoas neste mundo,
que sorte a minha ter-te conhecido.

sábado, 2 de outubro de 2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Saudade de ti


Sinto saudades tuas. Muitas. Uma saudade que me rói, algures entre o avesso do corpo e a parte de dentro do coração.

Volta depressa...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Parabéns, meu D.!


Vem sentar-te aqui, à minha beira... Quero fazer-te feliz. Pousa a tua cabeça no meu colo e deixa-me entrar por dentro dos teus olhos, deixa que o teu coração leia tudo o que há em mim... Quero enterrar as minhas mãos no teu cabelo, afagar-te a barba macia, seguir com o dedo o desenho das tuas sobrancelhas, o contorno dos teus lábios... Quero despir-te devagar, com a música dos gestos mais meigos e lavar o teu corpo com a água da minha boca... Quero amar-te devagar... Sussurrar-te esta felicidade e construir contigo todos os sonhos do mundo...
Vem sentar-te aqui, à minha beira... Trouxe champanhe para brindarmos à vida e fiz um bolo para ti... Trinca as velas depois de as apagares... e pede um desejo...
Vem deitar-te comigo, Amor. Vamos ficar abraçados em silêncio... E acordar sorrindo.
Porque esta noite, adormeço contigo.

Hoje e Sempre



hoje dancei contigo num bosque verdejante
a natureza foi cúmplice de uma dança sem nome
iluminada por raios de sol a magia soltou-se livre
voou com os pássaros que velavam por nós
naquele espaço de silêncio e entrega
hoje dancei contigo num bosque verdejante
e foste só minha "Lady In Red"
no encantamento de um amor maior que aquele bosque
que se perde no limiar do tempo infinito
rumo à felicidade eterna... hoje e sempre...

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Regressar


Regressar. A ti.
Ao teu sorriso, à tua voz.
À tua pele.
Regressar ao teu suor, ao teu sal,
ao teu mel.

Regressar. A ti.
Aos teus braços,
ao teu abraço.
Regressar ao mar do corpo
e ser contigo
barco, remos e vela.

Regressar. A ti.
Entrar pelos teus olhos
no ninho do teu coração
e morrer de amor
na tua boca.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A Resposta


"Love only rest when he dies. A living love is a love in conflict"
Esta frase do Paulo Coelho foi escrita para falar de nós e deste Amor. Arrebatador e capaz de tudo... e como o sabemos...

Need You Now

terça-feira, 17 de agosto de 2010

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Minha Lua...


Calmo e feliz por te saber desse lado. Beijo-te o rosto e afago-te o cabelo enquanto dormes serena... E fico contigo até aos primeiros raiares do sol...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

No coração da madrugada


De cor, do coração da madrugada
evoco a tua pele, poro a poro.
Sou uma caravela naufragada
à procura não sei de que tesouro.

É na ponta dos dedos que estremeces
no desenho de ti impresso a lume.
E paira, na saudade em que amanheces
a neblina lilás do teu perfume.

Toma de novo o leme desta barca.
Como num mapa, lê na minha palma.
Encontrarás aí a tua marca
a pele, o corpo, a voz, o cheiro, a alma.

Rosa Lobato de Faria, Poemas Escolhidos e Dispersos

domingo, 25 de julho de 2010

No abrigo do coração

Há um lugar onde me abrigarei do mundo. Um lugar que cuidarei com o coração. Um lugar que foi nosso e que me deixaste. É um lugar bonito, cheio de música e de vozes. Das nossas vozes. Das minhas palavras. E das tuas. Deixaste-mas para que as guardasse, porque foram verdade um dia. São minhas, agora. E ficarão comigo, as tuas palavras que me fizeram sonhar, as que me disseste com a mesma boca que pronunciou a palavra Adeus.
Há um lugar para onde fugirei quando a tristeza me doer mais e fizer mais frio. Nesse lugar já não há sonhos, morreram todos. Só há memórias, nesse meu abrigo vazio.
E esse lugar é aqui. Aqui, o canto mais secreto do meu coração.

terça-feira, 20 de julho de 2010


sábado, 17 de julho de 2010

No precipício do Tempo


Outros entardeceres haverá
em que os nossos olhos se cruzarão por acaso
para mais uma despedida.
E nesse momento,
brindaremos em silêncio
à magia desse futuro que perdemos.

domingo, 27 de junho de 2010

Debaixo da pele II


A noite sai devagar e pela janela espreito as primeiras luzes deste novo dia. O trabalho está quase. Mas apetece-me escrever. Para ti. O cigarro está aceso. A cada trago penso em nós. Na pele as marcas de ontem. No olhar o reflexo de ti. E no pensamento a conversa de hoje. Falei-te em eclipse, lembras-te? O que temos, quando estamos juntos e os Deuses distraídos, equipara-se a um eclipse, pela magia e beleza que emana. A conversão de dois corpos, duas almas, dois corações num só. E tudo pára...
Mas nós somos mais que apenas um eclipse. Tens razão, somos duas metades de um só coração. Às vezes partido por fora, mas unido por dentro. E quando soa aquele quase inaudível click, de duas peças que se juntam numa só, é como se não existisse mais nada. Só este Amor que nos preenche e tantas vezes nos abalroa. Mas que subsiste a tudo. Imponente como só ele sabe ser. Pouco preocupado com a razão. Ou com medo do mundo.
Só existe espaço para as palavras sagradas, como a que gosto de te dizer: "Amo-te!"

Debaixo da pele


Não são só as roupas que despimos quando estamos juntos. Despimos também a pele com palavras, olhares, gestos e sorrisos, desnudamos tudo o que nos esconde e revelamos o sangue... Junto de ti, eu sinto sempre o mesmo: um amor despido de máscaras, um amor que me descobre a carne e dentro de mim, navega pelo mar do meu sangue.
E é assim o nosso amor: Tu, dentro de mim. Tu, pulsando-me no peito, ecoando no bater do meu coração... Tu, numa maravilhosa viagem, correndo-me dentro das veias como um rio... Tu, desaguando no porto de abrigo do meu coração.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

(Silêncio Fúnebre)

Não adormeças de mim...


Não adormeças já. Eu sinto frio e há sombras escuras com dedos que me agarram como fantasmas... A luz é fraca e treme e eu tenho medo. Conta-me uma história, diz-me outra vez da tua infância, da praia onde apanhavas beijinhos, do teu avô e do barco onde sentiste medo de naufragar... Ou fala-me da tua mãe. Gosto de te ouvir falar dela, ficas com a voz muito suave e com o olhar muito doce... Não adormeças. Não apagues as luzes porque ainda não consigo dormir... Sinto aquela dor estranha de que me queixo às vezes, sabes, aquela no peito... que me obriga a inspirar fundo... Não adormeças já... Tenho as mãos geladas e ardem-me os olhos de tanta leitura... Quero fechá-los só um pouquinho e deitar a cabeça no teu peito... Quero ouvir o bater do teu coração misturado com a tua voz e com as histórias que me dirás... Juro que não te atrapalho, fico aqui quieta e em silêncio se prometeres que não adormeces já, que não adormeces antes de mim. Se apenas me olhares de longe e me abraçares até que o cansaço me deixe adormecer...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Amar-te assim


E é quando cuidadosamente me seguras a cabeça e a pousas no teu peito, que tenho a certeza. É assim que tudo deve ser. O medo ronda o coração mas não ousa entrar. E enquanto me apertares contra ti, asseguras a continuidade das estações. E cada alvorada e cada crepúsculo. Enquanto os teus braços me segurarem manter-se-á a constância das ondas ao longo da costa e os rios correrão para o mar. Como sempre têm feito. As ervas e os troncos continuarão a rasgar a terra e a lua guiará os que se perdem nas noites de solidão. Porque só assim as coisas fazem sentido. Mesmo quando parece que não.

Dentro do teu olhar


Despes-me com as palavras que guardas por detrás dos teus olhos. Ecoam insinuantes no rasto húmido de um beijo ou num toque de mãos demorado, que deixam velas acesas pelo meu corpo quando te vais. Não preciso de ouvir a tua boca para as saber porque elas dançam no teu olhar... E por isso, não me canso de olhar para ti, de entrar para dentro dos teus olhos... Falamos sempre tanto. Tanto, sem nada precisarmos de dizer.

Tu...


Enquanto trocávamos confidências, parte da minha atenção se virou para a música que tocava, "One Moment In Time", da Whitney Houston. E, num impulso, soltei um sorriso feliz. Como são felizes os momentos que partilhamos. Como pegadas únicas que deixamos na areia, que se confundem com o cheiro do sargaço, das gaivotas que se banham ao sol, do azul do mar, ou dos beijinhos que teimosamente procuras junto a cada grão de areia. Muitas vezes, faço de conta que não olho para ti. Mas pelo canto do olho, fico a observar-te. A forma meticulosa como buscas aquele sorriso escondido na areia da praia, ou a alegria que te invade o olhar quando finalmente encontras o tesouro tão desejado. Não te digo, mas o meu tesouro está nessa mesma praia, ao alcance de uma mão, de um beijo ou de um carinho. Às vezes não te digo que o meu tesouro mais precioso és tu...
E nenhuma praia será especial se não estiveres comigo. Como da mesma forma a minha vida não faz sentido sem ti ao meu lado... comigo... em mim... tocando esta sonata a duas mãos...
Também te amo muito... sabias minha pequenina?!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Eterno


- É verdade que os amores eternos nunca morrem?
- É verdade, sim. Ou não seriam eternos.
- Mesmo que a pessoa esteja longe de você?
- Mesmo assim.
- E como sabemos que aquele amor é eterno?
- Não sabemos. Até um dia.
- O dia em que ele vai embora?
- É. O dia em que ele vai embora, mas nunca parte.

Mário Quintana

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Tu, meu Amor...


Eu sei. Atravessas o rio dourado da memória dos últimos instantes felizes que vivemos. Alma atormentada e pulso firme, segues constante na velocidade da ausência. Tens o meu cheiro e a minha voz. O meu sabor. O toque das minhas mãos no teu peito. Tudo tens. Menos a certeza. Queima-te essa loucura que não te deixa agarrar serenidades. Porque o teu amor, meu Amor, é e será sempre intenso. Violento como o caudal de um rio que não se controla. Pouco compadecido de agendas, relógios e quotidianidades. O teu amor arde. E explode. E revolve-te a carne com a força de mil arados a rasgar hectares de sonhos. Cheio de fúria, não o consegues direccionar e ele contém-se com dor, agonizando na barragem do teu corpo. E serás sempre apenas tu. Incapaz de tranquilidades.

Eu sei. Não consigo fazer-te feliz.

Eu sei, meu Amor.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Tão perto...


Às vezes estamos perto... tão perto de sermos felizes...
Que eu acredito, sabes?...

terça-feira, 25 de maio de 2010

Sonata a duas mãos


Quero que seja possível sonhar este sonho...
Quero voltar a sonhar contigo... a duas mãos.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Bom dia, amor...


Liguei-te e tu não estavas. Não, não era nada... Era só saudade, a falta da tua voz, a memória ainda das tuas ondas a bater em mim...
Deixa lá... não era nada... Talvez só este amor impondo-se na urgência do teu sorriso, talvez só o saber-te aí, do lado de fora de mim...
Não era nada meu amor, liguei-te apenas para te desejar um bom dia...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A medida de todas as coisas


Falámos de amor e ódio, de partidas e de chegadas, de cansaço e de saudade... Falámos disto que nos une há tanto tempo já, isto que nos destrói e nos dá vida, isto que é céu e é inferno. Falámos de nós, de tantos recomeços e tantos fins, de sonhos e de ruínas, de fogo e de gelo... Falámos de horizontes perdidos e de esperanças secretas... Falámos. Falámos muito. E entre as minhas, a tua mão estava calma, quente, e nos teus olhos havia tudo aquilo que não soubeste dizer-me... Falámos das coisas que a razão diz e que o coração não escuta. Falámos disto que não morre, que existe entre nós e é grande, é enorme, é maior do que os nossos braços, é a medida de todas as coisas, o início e o fim de nós...
Chamamos-lhe Amor. E decidimos lutar.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Um


É sempre assim amar-te: a certeza de que os nossos corpos, as nossas almas, são só um. E por isso este vazio quando tens que partir... Como se ao partires, nada de mim ficasse aqui... porque tudo o que eu sou partiu contigo.

sábado, 17 de abril de 2010

Na Pele


Depois do coração,
Tatuei-te na pele,
Para sempre...
Comigo...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Um Amor de Mel

Escorres-me do pensamento até aos lábios, suspenso no peso da saudade, num vagaroso e espesso mel interior, que tudo arrasta. Sedoso, dourado, que te transporta no doce dos sentidos, misturado em mim. Algures, por debaixo da pele - entre um brilho de sol nas searas e passos descalços marcando a areia - vagueando em mim, entre músicas e imagens soltas à tua passagem, que te dissolvem no mar do meu peito, que ondula apenas quando te vai e vem buscar. Lentamente, sem pressa de chegares, aconchegas-te e ficas, na dança do teu sabor. Escorres-me em mel e em mel te conservo, todo este tempo e o que ainda há-de vir, neste favo da memória, que não parte com as abelhas nem morre com o perfume das flores. Um mel pegado aos lábios, um mel colado a um sopro do coração.

terça-feira, 23 de março de 2010

À flor da pele


Antes de saíres, apertaste-me num abraço fundo como amarras... E tu não sabes, mas os meus braços quando envolveram o teu corpo, não eram braços... eram pássaros de seda que te roubaram o perfume para fazer ninho na gruta mais escondida da memória... Tu não sabes, mas a minha pele tatuou o sabor dos teus gestos, o sal das ondas de carícias onde naufraguei na tempestade dos nossos corpos, unidos num só... Tu não sabes, mas enquanto nos olhavamos e conversavamos baixinho, roubei-te o sorriso, os contornos da face, as mãos que se insinuavam inquietas desenhando-me os contornos... Roubei tudo o que podia, desses instantes de pura magia...

Hoje não me sinto só. Hoje ando contigo no pensamento, contigo e com este sorriso cravado na boca, com o teu perfume à flor da pele... e com a memória feliz, cheia de ti...

Agora diz-me: o que faço a toda esta saudade?

segunda-feira, 22 de março de 2010

Palavras Sentidas


Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

Fernando Pessoa

sexta-feira, 19 de março de 2010

Somos


À noite, somos a sombra de um luar que só nós conhecemos.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Espera


Gosto de te esperar, de contar as horas, os minutos, os instantes que faltam para reencontrar o teu abraço.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Hoje não queria regressar assim. Não queria entrar com este estado de espírito, triste, nesta nossa casa. Mas, ainda assim, entro. Passo a passo, entro... e me deito na cama vazia...

domingo, 14 de março de 2010

Bem vindo, Amor


Avisaste-me que chegavas e eu quis estar aqui. Quis que me encontrasses quando de mansinho metesses a chave na porta e a escancarasses para deixar entrar o sol que trazes no sorriso. Queria que me sentisses assim, tão perto de ti... que ouvisses a minha voz cheia de emoção dizer-te "Bom dia Amor" e me apertasses num abraço fundo, interminável...
Regressas hoje e eu espero-te. Vou esperar-te sempre, como se espera o arco-íris, a maré cheia ou o luar de Janeiro... com a calma certeza de que não adianta apressar a vida ou acelerar o tempo. As voltas da vida, mesmo às vezes girando ao contrário, devolvem-nos o Amor que temos no peito... sempre!
E por isso eu te espero. Aqui. Na nossa nuvem.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Bom dia Amor


Que posso dizer-te? A não ser que estou feliz, que sou feliz? Claro que também sinto medo... Como tu. Mas sabes, o dia de ontem deu-me toda a força, toda a vida e coragem de que precisava para continuar contigo na estrada da vida. A tua presença a meu lado durante todas as horas de ontem, mostrou-me mais uma vez que há partidas que não se fazem só porque tem de ser, só porque seria o mais razoável... Partir de ti é uma impossibilidade que o meu coração nem sequer equaciona... E tu sabes, ele é teimoso e persistente, regressa a ti sempre que a razão tenta impor-se... e por isso eu deixo-o falar alto. E ouço a sua voz.
Uma espécie de serenidade acordou comigo hoje. Está sentada a meu lado agora, enquanto te escrevo, e faz-se presente. Este presente que nós queremos que seja dos dois. Queremos muito. Porque sabemos que a dor acaba por passar, as lágrimas limpam-se, e fica só uma saudade infinita, gigantesca, tomando conta de tudo, toldando-nos a visão e atando-nos os passos nesta caminhada da vida. Eu amo-te. Amo-te tudo. E contra isto não se luta.
Ontem festejámos três anos juntos. Hoje dou-te as minhas mãos e recomeço a viagem contigo e com a certeza de que há uma luz ao fundo do túnel, há um rumo traçado debaixo dos nossos gestos, há uma estrela azul que teima em brilhar... Reinicio a vida do teu lado, com este amor tatuado no coração, presa, para sempre presa a ti. Ancorada no teu peito. No teu abrigo.
Porque há presentes da vida ou dos deuses que não podemos desprezar... E porque o teu amor é a estrela que me guia os passos e me levará a um lugar qualquer onde mora a paz.