quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Em 2010 e Sempre... Contigo Meu Amor


Hoje, no caminho de regresso, a ouvir a nossa música, de mãos dadas, uma lágrima escapou-se. Talvez não tenhas reparado. Desta vez não foi uma lágrima de dor ou de tristeza. Foi uma lágrima de alegria e felicidade. Por te ter do meu lado. E por estar a dar os primeiros passos deste novo ano de mãos dadas contigo. Não tenhas medo meu Amor. Não temas o futuro. E acredita em Nós...

Durante estes últimos dias falamos do quanto a falta de comunicação e diálogo nos tem afastado, quase mortalmente. Mas os nossos corações continuam a entender-se como um só. E isso me faz feliz. Sentir que mesmo nas ausências, nos desencontros, as nossas mãos continuam lá, juntas, unidas, entrelaçadas num "Nós".

Neste ano que começa, desejo passar o meu futuro contigo. Um futuro que começa hoje, agora e que se prolongará pelas infinitas estrelas que acompanham o luar que nasce nesta noite fria. Hoje, quando soar as 12 badaladas e comer as uvas passas, vou pensar em ti. E os meus desejos e votos se vão converter num só, o de ser muito feliz contigo.

Em 2010 e sempre... contigo meu Amor.

Feliz Ano Novo


Um novo ano se inicia amanhã, meu amor. Uma nova década. A vida a passar a correr, a escorrer veloz por entre as esquinas do tempo. E hoje, em vésperas de Ano Novo, é só isso que venho pedir à vida: tempo. Tempo para te encontrar, para viver contigo as alegrias e as tristezas, tempo para partilhar ternura e amor. Peço um tempo só nosso, onde possamos parar as voltas do planeta e cristalizar todos os relógios do mundo num instante perfeito. Não estarei ao teu lado no momento em que soarem as doze badaladas, mas procura-me dentro de ti, no sangue que te corre nas veias, no coração que baterá sereno, debaixo da pele quente... Procura-me em ti, porque é aí que me encontras, é aí que me levas de cada vez que partes... É em ti que eu vivo desde que te conheci, como se fossemos um só ser, uma só vontade. Eu chamo a isto, amor. E é com o homem que amo que entrarei no novo ano, na nova década, no carrocel de emoções desta vida sempre às voltas, que tantas vezes nos atiram para longe um do outro... Mas acredito que será possível... quem sabe este ano, enganar a roda da vida, fazê-la girar num outro sentido... e ganhar-lhe todo o tempo do mundo.
Feliz Ano Novo, meu sorriso de sol. Brindo contigo à vida.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Hacer el amor


Quiero hacer el amor com tacto:
Quiero que nos toquemos com la mirada
Quiero que nos toquemos com los destellos del corazón
Que nos toquemos com el deseo
Que tu deseo toque el mío
Que mi deseo toque el tuyo
Que nos toquemos com la piel
Que nos toquemos com el pensamiento
Que nuestras desinhibiciones toquem nuestras inhibiciones
Que mi ser toque todo el tuyo
Que tu ser toque todo el mío
Así quiero que hagamos el amor: com tacto

Pablo Neruda

Dorme bem, meu amor


É tarde, meu amor. Muito tarde. Estive a trabalhar nos projectos do Mestrado e terminei só agora. Sinto-me cansada, o corpo doído... Estou acordada há muitas horas e preciso de descansar. Mas o meu dia só termina aqui, no silêncio desta casa quieta e batida pela chuva forte, pelo vento irado, nesta paz em que te escrevo. Só eu e tu. Hoje a vida foi boa para mim, para nós. Recordo ainda a nossa longa conversa, o teu olhar sereno, a voz apaziguada nas emoções que sentias. Há tanto tempo que me faltavas! É como uma dor, estar sem ti. Hoje enquanto falavas, as tuas mãos entre as minhas, o peito aberto na sinceridade dos sentimentos, senti-te tão próximo de mim que me custou partir... Precisava do teu amor, como uma janela aberta, o sol sorrindo lá fora, para acreditar que o novo ano nos trará a felicidade que procuramos. Ao teu lado todas as coisas são possíveis e todas as palavras são desnecessárias... como se o que sentimos fosse superior a qualquer emoção humana, um presente dos deuses que compadecidos da nossa luta, nos permitam vivenciar momentos de paz... Estou cansada dos desencontros, da mágoa, da dor, só quero fazer-te feliz no meu abraço. Ao teu lado, o novo ano é uma estrada brilhante, cheia de luz, um caminho seguro que trilharei de mãos dadas contigo. Sinto-me feliz por termos chegado a bom porto... sinto-me feliz por me teres escolhido, outra vez.
Amo-te muito... sabias? Dorme bem, meu amor... Eu fico a velar-te o sono.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal "Estropício"


Hoje amordacei o orgulho e guardei-o num baú. Vim aqui porque ontem mandei-te um postal mas temo que se tenha perdido nos estranhos labirintos da internet. Pode ser que ainda o recebas. Mas regressei, apenas hoje, à nossa casa para te desejar um Feliz Natal. É um Natal diferente este. Pela primeira vez não trocamos prendas. Pela primeira vez não nos beijamos. Nem nos abraçamos. Pela primeira vez não tomamos café e fizemos juras de amor para o novo ano que se aproxima. Pela primeira vez não fizemos uma data de coisas que ambos sentimos falta. É um Natal mais triste. Mas ainda assim é Natal. Ontem fui buscar a prenda que me deixaste. Não sei o que é. Não a abri. Fá-lo-ei quando a saudade apertar e sentir coragem. Mas hoje é Natal e por isso regressei à nossa casa. Mal entrei senti o calor que vem da lareira acesa. Despi o casaco e fui espreitar-te à cozinha. Demorei-me a ver-te. A observar a forma carinhosa como empregas dedicação aos cozinhados. Ficas tão linda de avental. Sinto vontade de correr a abraçar-te por trás. Dizer-te que estou aqui. Mas isso ia quebrar o encanto deste momento. O de te ver alegre e feliz porque é Natal. Por isso, mesmo longe, mesmo triste, mesmo ferido, não preciso do vento frio para te dizer, meu Estropício, "Feliz Natal Meu Amor"...

Feliz Natal, meu Amor


Esta é a mais bela de todas as noites. A mais brilhante, porque todas as estrelas do céu estão acesas para iluminar e aquecer o Deus Menino. O meu coração aquieta-se, só aqui ele consegue serenar... Procuro o bater do teu peito junto ao meu, e sinto-o... apesar de te teres ido, eu sinto-te aqui comigo. Como se cada palavra ecoasse a tua voz, cada imagem denunciasse uma pegada tua... Sinto-te aqui comigo, meu D. E por isso, uma estrela mais quente, mais dourada, mais brilhante, me ilumina a mim também: a estrela do teu sorriso, o teu sorriso de sol, aquecendo-me a pele, sarando-me as feridas da luta de todos os dias, permanecendo comigo. Quem mais, para além de ti, poderia eu amar assim? Diz-me: onde poderia eu estar na mais brilhante de todas as noites, a não ser, teimosamente, no teu abraço? Porque é Natal e tu não estás, eu deixo tocar baixinho a mais bela de todas as sonatas... Ouvi-la-ás mesmo assim nesta noite única, soando para além da chuva triste e do frio vento norte, e ela te dirá aquilo que eu não te posso dizer: Feliz Natal, meu amor... Onde quer que estejas.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Estranhos Caminhos



"Não posso ter como prioridade quem me tem por opção".


Aí está uma frase sábia. Um sentido para um caminho a seguir. Afinal, tudo foi um erro. Enganei-me sem o saber. Acusei quem, afinal, não era culpado. Perdi-me. Mas acordei a tempo de ver com nitidez. Agora talvez tudo seja mais fácil mas não menos doloroso. De uma única coisa estou certo, "não posso ter como priopridade quem me tempo opção".



NUNCA UMA FALHA,
SEMPRE UMA LIÇÃO!


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Pele


É na tua pele que encontro os meus caminhos
na gota de suor que escorre ao ritmo do prazer
no bater do coração acelerado quando nos amamos.
É com a tua pele que tatuo a minha
com marcas de saudade e de paixão
que jazem na memória dos dias.
É na minha pele que guardo a tua morada
onde existes e emerges conquistadora
num corpo só teu
num amor só nosso.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Para Ti



Tudo o que te dou tu me dás a mim.
Na perfeita proporção do equilíbrio.

Amar-te é ser amado.
Na perfeita proporção do amor.

Fazer-te minha é ser totalmente teu.
Na perfeita proporção de ser.

Nas palavras proferidas ou no silêncio de um olhar.
Na perfeita proporção de um só corpo e uma só alma.

No palco da vida, escolho-te a ti.
Na perfeita proporção do meu sonho tornado realidade.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Nas tuas mãos


Gosto de percorrer as tuas cores com as mãos. Gosto do teu rasto, entranhado em mim.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

...


Uma vez uma leitora perguntou-me se o nosso amor era proibido. Eu não lhe respondi. Não porque não o quisesse fazer, mas apenas porque não sabia o que lhe dizer. Hoje sei responder a essa nossa leitora do outro lado do oceano, hoje sei dizer-lhe que o nosso amor era proibido sim, pelos homens... Mas não por Deus. Deus não proibe o amor, seja qual for a sua face. O nosso amor era proibido pelos homens e por nós próprios. Sempre lutámos contra ele, sempre tentámos fugir, esquecer, correr para longe, onde ele não nos alcançasse... E sem o sabermos, ele ia connosco, dentro do peito. Vivia em nós, no respirar, no sangue e no coração que pulsava a cada segundo. Vivia nos sonhos, nos pensamentos, de dia e de noite, de perto e de longe. Era um amor imortal. Nós chamavamos-lhe feitiço. Vezes sem conta o negámos, vezes sem conta ele regressava, persistia, mais forte do que antes, mais grandioso e único. Mais sofrido. Mais doído. Planos foram feitos, sonhos foram acarinhados, mil momentos maravilhosos e inesquecíveis foram vividos... E agora a palavra Adeus foi dita. Foi repetida. Friamente, conscientemente. Reúno coragem para ta dizer, eu também... Sinto que devo dizê-la... para que este amor seja para sempre a coisa mais linda que me aconteceu e para que daqui em diante, ao evocar-te, eu o faça com um sorriso... e sem dor. Mas... como se diz Adeus a uma pessoa que nos vive dentro do peito? Como se esquece? Diz-me: Como?
Esta noite não serenei. Recordei tudo o que fomos, tudo o que somos, tudo o que existe em mim... E é como a nossa leitora me disse, é um amor bonito que atravessa as palavras deste espaço, uma música que não conseguimos deixar de entoar baixinho porque toca dentro de nós, na alma, no sítio mais difícil de alcançar... E no entanto, tenho que abandonar tudo isto, dizer eu também a palavra que já foi proferida. Vou tentar dizer-ta, prometo que vou tentar. Vou tentar dizer-te Adeus e essa palavra será a chave que fechará para sempre esta porta de uma casa que foi nossa... só nossa. No meu peito só guardarei as coisas boas, todas as coisas boas que tu me deste e que eu cuidarei para sempre. É tempo de deixar-te ir, seguires o teu caminho e a tua vida onde mereces ser muito feliz. É tempo de calar o egoísmo e de não correr atrás de ti. No dia em que te disser Adeus, um pedaço de mim morrerá. Porque tu vives em mim, dentro de mim, e arrancar-te do meu peito será à custa de dor e de lágrimas... mas serás a minha memória eterna, o meu segredo mais bonito e doído... Amei-te tudo o que sabia, acreditas? No meu mundinho absurdo, na minha vidinha pequena, como lhe chamavas, foste o centro, sempre! Não foi suficiente... Desculpa, não soube amar-te melhor... E tu merecias.
Dir-te-ei Adeus, sim, quando aprender a fazê-lo. E essa será a última palavra que me ouvirás dizer. Mas será mentira.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

...


Posso morar em várias casas, possuir vários cantinhos, mas existe uma só morada. Aquela onde quero estar. Faz um ano que entrei nesta morada, a que conduz aos confins de uma alma, de um corpo e de um só coração. Passou um ano. O corpo ganhou umas quantas rugas, o coração umas quantas cicatrizes e a alma umas quantas sombras. Podemos sair vitoriosos das batalhas, ganhar inúmeras guerras, mas nem sempre saímos ilesos. E hoje a noite está fria. Um vento cortante arrasta as poucas folhas que ainda sobrevivem nas árvores despidas. Ao longe, a lua cheia ilumina o meu semblante enquanto caminho pelas ruas húmidas e escuras. Falemos de um amor. De uma relação. De partidas e chegadas. E de guerra e paz. Palavras que existem no livro que escrevemos, na sonata que tocamos…
Há dias em que o amor vive, imponente e forte. Há dias em que apenas sobrevive. Outros há em que adormece, como nos contos de fada, à espera de um beijo que o acorde de um sono profundo. Amámo-nos há bastante tempo. Há décadas, diria até… E o que temos às vezes é tão pequeno como a própria insignificância humana. Outras, é tão esplendoroso como o arco-íris que surge quando a tempestade se afasta tumultuosa. Mas é um amor feito de momentos. De peças de um longo e interminável puzzle. E tudo é tão fácil quando estamos juntos. Quando podemos estar juntos. Mas tu não és exclusiva desta relação, nem desta morada, que partilhamos há um ano. Namoro contigo e com o tempo, com ciúmes, fantasmas, dúvidas e infindáveis reticências. Um amor que se gasta e também se desgasta. E que procura se renovar e fortalecer. Mantido através de encontros, tantas vezes fugazes, nem sempre devidamente aproveitados. Quando gastamos o tempo a falar de outras personagens, que só ganham a importância que lhes queremos dar. E assim se passam os dias. E, tal como tu, carrego este amor nas mãos. Afasto dele todos os perigos. Tento cuidar o melhor que posso. Mas não o consigo fazer sem ti. Sem a tua presença. É pedir muito?! Por enquanto amo-te na plenitude das minhas capacidades. Ainda alimento sonhos e desejos. Ainda toco as notas de uma sonata escrita a duas mãos. Ainda estendo a mão à procura da tua...
Mas, na minha cabeça multiplicam-se as dúvidas. E as inseguranças. E, confesso, alguma descrença. Há tantas diferenças entre nós. Vidas tão distintas. E prisões… Por isso, questiono tudo vezes sem conta. Porque não sinto segurança. Porque não sei se o amanhã existirá. Aquele que sonhamos ou desejamos. É por isso que caminho sozinho nesta noite fria. Porque assim ainda vejo uma sombra que surge de quando em vez na luz reflectida pela lua cheia. E desejo que sejas tu quem me acompanha os passos solitários…