sexta-feira, 20 de julho de 2012

Não me perguntes


Pergunta-me o sol ou o mar ou as searas douradas,
pergunta-me a noite, a lua ou as claras madrugadas,
podes até perguntar-me o mundo, as paisagens,
os refúgios das andorinhas nas suas longas viagens,
posso responder-te a tudo, meu amor,
mas não me perguntes porque morrem todas as coisas
e tu pulsas sempre e mais no meu coração, com fervor,
és inexplicável vida, explodindo em mim com a força
da mais pura alegria, da mais profunda dor.

sábado, 14 de julho de 2012

Sabes...


Eu sentia uma sensação estranha, funda e doída, quando tinha de ir embora. E devia ter tido coragem para dizer-te, de todas as vezes: Sabes, não só vou sentir saudades de ti, minha vida, mas vou sentir saudades de ser quem sou, aqui e agora, porque não vou ser assim nunca mais, com mais ninguém.
E devia ter-te dito isto. De todas as vezes.

sexta-feira, 6 de julho de 2012