Entendi tudo o que me quiseste dizer sem verdadeiramente o fazeres. Conheço de cor os pratos da balança e qual o caminho, único, que surge nessa tua encruzilhada. Sei o que vai acontecer e talvez antecipe o desfecho. Ou, talvez, queira apaziguar a dor que a tua decisão, unilateral, possa causar.
A noite terminou abruptamente. Já não trabalho. Não posso... não consigo...
As tuas palavras circulam a uma velocidade atroz, de tal forma que já nada vejo. Penso em tudo o que é humanamente possível. Pareço um relógio... descontrolado... cujos segundos são marteladas em contagem constante e que me atingem aquele preciso ponto.
Talvez isto queira dizer que eu me reveja, dentro de alguns anos, neste exacto videoclip.
E, se assim for, há uma certa casa que deixará de existir em mim. Falta só saber quando terei a capacidade e a coragem definitiva de entregar a chave...
Não te preocupes... eu entendi tudo... alivio-te a dor... e tomo a decisão por ti...