quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Em 2010 e Sempre... Contigo Meu Amor


Hoje, no caminho de regresso, a ouvir a nossa música, de mãos dadas, uma lágrima escapou-se. Talvez não tenhas reparado. Desta vez não foi uma lágrima de dor ou de tristeza. Foi uma lágrima de alegria e felicidade. Por te ter do meu lado. E por estar a dar os primeiros passos deste novo ano de mãos dadas contigo. Não tenhas medo meu Amor. Não temas o futuro. E acredita em Nós...

Durante estes últimos dias falamos do quanto a falta de comunicação e diálogo nos tem afastado, quase mortalmente. Mas os nossos corações continuam a entender-se como um só. E isso me faz feliz. Sentir que mesmo nas ausências, nos desencontros, as nossas mãos continuam lá, juntas, unidas, entrelaçadas num "Nós".

Neste ano que começa, desejo passar o meu futuro contigo. Um futuro que começa hoje, agora e que se prolongará pelas infinitas estrelas que acompanham o luar que nasce nesta noite fria. Hoje, quando soar as 12 badaladas e comer as uvas passas, vou pensar em ti. E os meus desejos e votos se vão converter num só, o de ser muito feliz contigo.

Em 2010 e sempre... contigo meu Amor.

Feliz Ano Novo


Um novo ano se inicia amanhã, meu amor. Uma nova década. A vida a passar a correr, a escorrer veloz por entre as esquinas do tempo. E hoje, em vésperas de Ano Novo, é só isso que venho pedir à vida: tempo. Tempo para te encontrar, para viver contigo as alegrias e as tristezas, tempo para partilhar ternura e amor. Peço um tempo só nosso, onde possamos parar as voltas do planeta e cristalizar todos os relógios do mundo num instante perfeito. Não estarei ao teu lado no momento em que soarem as doze badaladas, mas procura-me dentro de ti, no sangue que te corre nas veias, no coração que baterá sereno, debaixo da pele quente... Procura-me em ti, porque é aí que me encontras, é aí que me levas de cada vez que partes... É em ti que eu vivo desde que te conheci, como se fossemos um só ser, uma só vontade. Eu chamo a isto, amor. E é com o homem que amo que entrarei no novo ano, na nova década, no carrocel de emoções desta vida sempre às voltas, que tantas vezes nos atiram para longe um do outro... Mas acredito que será possível... quem sabe este ano, enganar a roda da vida, fazê-la girar num outro sentido... e ganhar-lhe todo o tempo do mundo.
Feliz Ano Novo, meu sorriso de sol. Brindo contigo à vida.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Hacer el amor


Quiero hacer el amor com tacto:
Quiero que nos toquemos com la mirada
Quiero que nos toquemos com los destellos del corazón
Que nos toquemos com el deseo
Que tu deseo toque el mío
Que mi deseo toque el tuyo
Que nos toquemos com la piel
Que nos toquemos com el pensamiento
Que nuestras desinhibiciones toquem nuestras inhibiciones
Que mi ser toque todo el tuyo
Que tu ser toque todo el mío
Así quiero que hagamos el amor: com tacto

Pablo Neruda

Dorme bem, meu amor


É tarde, meu amor. Muito tarde. Estive a trabalhar nos projectos do Mestrado e terminei só agora. Sinto-me cansada, o corpo doído... Estou acordada há muitas horas e preciso de descansar. Mas o meu dia só termina aqui, no silêncio desta casa quieta e batida pela chuva forte, pelo vento irado, nesta paz em que te escrevo. Só eu e tu. Hoje a vida foi boa para mim, para nós. Recordo ainda a nossa longa conversa, o teu olhar sereno, a voz apaziguada nas emoções que sentias. Há tanto tempo que me faltavas! É como uma dor, estar sem ti. Hoje enquanto falavas, as tuas mãos entre as minhas, o peito aberto na sinceridade dos sentimentos, senti-te tão próximo de mim que me custou partir... Precisava do teu amor, como uma janela aberta, o sol sorrindo lá fora, para acreditar que o novo ano nos trará a felicidade que procuramos. Ao teu lado todas as coisas são possíveis e todas as palavras são desnecessárias... como se o que sentimos fosse superior a qualquer emoção humana, um presente dos deuses que compadecidos da nossa luta, nos permitam vivenciar momentos de paz... Estou cansada dos desencontros, da mágoa, da dor, só quero fazer-te feliz no meu abraço. Ao teu lado, o novo ano é uma estrada brilhante, cheia de luz, um caminho seguro que trilharei de mãos dadas contigo. Sinto-me feliz por termos chegado a bom porto... sinto-me feliz por me teres escolhido, outra vez.
Amo-te muito... sabias? Dorme bem, meu amor... Eu fico a velar-te o sono.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal "Estropício"


Hoje amordacei o orgulho e guardei-o num baú. Vim aqui porque ontem mandei-te um postal mas temo que se tenha perdido nos estranhos labirintos da internet. Pode ser que ainda o recebas. Mas regressei, apenas hoje, à nossa casa para te desejar um Feliz Natal. É um Natal diferente este. Pela primeira vez não trocamos prendas. Pela primeira vez não nos beijamos. Nem nos abraçamos. Pela primeira vez não tomamos café e fizemos juras de amor para o novo ano que se aproxima. Pela primeira vez não fizemos uma data de coisas que ambos sentimos falta. É um Natal mais triste. Mas ainda assim é Natal. Ontem fui buscar a prenda que me deixaste. Não sei o que é. Não a abri. Fá-lo-ei quando a saudade apertar e sentir coragem. Mas hoje é Natal e por isso regressei à nossa casa. Mal entrei senti o calor que vem da lareira acesa. Despi o casaco e fui espreitar-te à cozinha. Demorei-me a ver-te. A observar a forma carinhosa como empregas dedicação aos cozinhados. Ficas tão linda de avental. Sinto vontade de correr a abraçar-te por trás. Dizer-te que estou aqui. Mas isso ia quebrar o encanto deste momento. O de te ver alegre e feliz porque é Natal. Por isso, mesmo longe, mesmo triste, mesmo ferido, não preciso do vento frio para te dizer, meu Estropício, "Feliz Natal Meu Amor"...

Feliz Natal, meu Amor


Esta é a mais bela de todas as noites. A mais brilhante, porque todas as estrelas do céu estão acesas para iluminar e aquecer o Deus Menino. O meu coração aquieta-se, só aqui ele consegue serenar... Procuro o bater do teu peito junto ao meu, e sinto-o... apesar de te teres ido, eu sinto-te aqui comigo. Como se cada palavra ecoasse a tua voz, cada imagem denunciasse uma pegada tua... Sinto-te aqui comigo, meu D. E por isso, uma estrela mais quente, mais dourada, mais brilhante, me ilumina a mim também: a estrela do teu sorriso, o teu sorriso de sol, aquecendo-me a pele, sarando-me as feridas da luta de todos os dias, permanecendo comigo. Quem mais, para além de ti, poderia eu amar assim? Diz-me: onde poderia eu estar na mais brilhante de todas as noites, a não ser, teimosamente, no teu abraço? Porque é Natal e tu não estás, eu deixo tocar baixinho a mais bela de todas as sonatas... Ouvi-la-ás mesmo assim nesta noite única, soando para além da chuva triste e do frio vento norte, e ela te dirá aquilo que eu não te posso dizer: Feliz Natal, meu amor... Onde quer que estejas.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Estranhos Caminhos



"Não posso ter como prioridade quem me tem por opção".


Aí está uma frase sábia. Um sentido para um caminho a seguir. Afinal, tudo foi um erro. Enganei-me sem o saber. Acusei quem, afinal, não era culpado. Perdi-me. Mas acordei a tempo de ver com nitidez. Agora talvez tudo seja mais fácil mas não menos doloroso. De uma única coisa estou certo, "não posso ter como priopridade quem me tempo opção".



NUNCA UMA FALHA,
SEMPRE UMA LIÇÃO!


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Pele


É na tua pele que encontro os meus caminhos
na gota de suor que escorre ao ritmo do prazer
no bater do coração acelerado quando nos amamos.
É com a tua pele que tatuo a minha
com marcas de saudade e de paixão
que jazem na memória dos dias.
É na minha pele que guardo a tua morada
onde existes e emerges conquistadora
num corpo só teu
num amor só nosso.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Para Ti



Tudo o que te dou tu me dás a mim.
Na perfeita proporção do equilíbrio.

Amar-te é ser amado.
Na perfeita proporção do amor.

Fazer-te minha é ser totalmente teu.
Na perfeita proporção de ser.

Nas palavras proferidas ou no silêncio de um olhar.
Na perfeita proporção de um só corpo e uma só alma.

No palco da vida, escolho-te a ti.
Na perfeita proporção do meu sonho tornado realidade.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Nas tuas mãos


Gosto de percorrer as tuas cores com as mãos. Gosto do teu rasto, entranhado em mim.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

...


Uma vez uma leitora perguntou-me se o nosso amor era proibido. Eu não lhe respondi. Não porque não o quisesse fazer, mas apenas porque não sabia o que lhe dizer. Hoje sei responder a essa nossa leitora do outro lado do oceano, hoje sei dizer-lhe que o nosso amor era proibido sim, pelos homens... Mas não por Deus. Deus não proibe o amor, seja qual for a sua face. O nosso amor era proibido pelos homens e por nós próprios. Sempre lutámos contra ele, sempre tentámos fugir, esquecer, correr para longe, onde ele não nos alcançasse... E sem o sabermos, ele ia connosco, dentro do peito. Vivia em nós, no respirar, no sangue e no coração que pulsava a cada segundo. Vivia nos sonhos, nos pensamentos, de dia e de noite, de perto e de longe. Era um amor imortal. Nós chamavamos-lhe feitiço. Vezes sem conta o negámos, vezes sem conta ele regressava, persistia, mais forte do que antes, mais grandioso e único. Mais sofrido. Mais doído. Planos foram feitos, sonhos foram acarinhados, mil momentos maravilhosos e inesquecíveis foram vividos... E agora a palavra Adeus foi dita. Foi repetida. Friamente, conscientemente. Reúno coragem para ta dizer, eu também... Sinto que devo dizê-la... para que este amor seja para sempre a coisa mais linda que me aconteceu e para que daqui em diante, ao evocar-te, eu o faça com um sorriso... e sem dor. Mas... como se diz Adeus a uma pessoa que nos vive dentro do peito? Como se esquece? Diz-me: Como?
Esta noite não serenei. Recordei tudo o que fomos, tudo o que somos, tudo o que existe em mim... E é como a nossa leitora me disse, é um amor bonito que atravessa as palavras deste espaço, uma música que não conseguimos deixar de entoar baixinho porque toca dentro de nós, na alma, no sítio mais difícil de alcançar... E no entanto, tenho que abandonar tudo isto, dizer eu também a palavra que já foi proferida. Vou tentar dizer-ta, prometo que vou tentar. Vou tentar dizer-te Adeus e essa palavra será a chave que fechará para sempre esta porta de uma casa que foi nossa... só nossa. No meu peito só guardarei as coisas boas, todas as coisas boas que tu me deste e que eu cuidarei para sempre. É tempo de deixar-te ir, seguires o teu caminho e a tua vida onde mereces ser muito feliz. É tempo de calar o egoísmo e de não correr atrás de ti. No dia em que te disser Adeus, um pedaço de mim morrerá. Porque tu vives em mim, dentro de mim, e arrancar-te do meu peito será à custa de dor e de lágrimas... mas serás a minha memória eterna, o meu segredo mais bonito e doído... Amei-te tudo o que sabia, acreditas? No meu mundinho absurdo, na minha vidinha pequena, como lhe chamavas, foste o centro, sempre! Não foi suficiente... Desculpa, não soube amar-te melhor... E tu merecias.
Dir-te-ei Adeus, sim, quando aprender a fazê-lo. E essa será a última palavra que me ouvirás dizer. Mas será mentira.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

...


Posso morar em várias casas, possuir vários cantinhos, mas existe uma só morada. Aquela onde quero estar. Faz um ano que entrei nesta morada, a que conduz aos confins de uma alma, de um corpo e de um só coração. Passou um ano. O corpo ganhou umas quantas rugas, o coração umas quantas cicatrizes e a alma umas quantas sombras. Podemos sair vitoriosos das batalhas, ganhar inúmeras guerras, mas nem sempre saímos ilesos. E hoje a noite está fria. Um vento cortante arrasta as poucas folhas que ainda sobrevivem nas árvores despidas. Ao longe, a lua cheia ilumina o meu semblante enquanto caminho pelas ruas húmidas e escuras. Falemos de um amor. De uma relação. De partidas e chegadas. E de guerra e paz. Palavras que existem no livro que escrevemos, na sonata que tocamos…
Há dias em que o amor vive, imponente e forte. Há dias em que apenas sobrevive. Outros há em que adormece, como nos contos de fada, à espera de um beijo que o acorde de um sono profundo. Amámo-nos há bastante tempo. Há décadas, diria até… E o que temos às vezes é tão pequeno como a própria insignificância humana. Outras, é tão esplendoroso como o arco-íris que surge quando a tempestade se afasta tumultuosa. Mas é um amor feito de momentos. De peças de um longo e interminável puzzle. E tudo é tão fácil quando estamos juntos. Quando podemos estar juntos. Mas tu não és exclusiva desta relação, nem desta morada, que partilhamos há um ano. Namoro contigo e com o tempo, com ciúmes, fantasmas, dúvidas e infindáveis reticências. Um amor que se gasta e também se desgasta. E que procura se renovar e fortalecer. Mantido através de encontros, tantas vezes fugazes, nem sempre devidamente aproveitados. Quando gastamos o tempo a falar de outras personagens, que só ganham a importância que lhes queremos dar. E assim se passam os dias. E, tal como tu, carrego este amor nas mãos. Afasto dele todos os perigos. Tento cuidar o melhor que posso. Mas não o consigo fazer sem ti. Sem a tua presença. É pedir muito?! Por enquanto amo-te na plenitude das minhas capacidades. Ainda alimento sonhos e desejos. Ainda toco as notas de uma sonata escrita a duas mãos. Ainda estendo a mão à procura da tua...
Mas, na minha cabeça multiplicam-se as dúvidas. E as inseguranças. E, confesso, alguma descrença. Há tantas diferenças entre nós. Vidas tão distintas. E prisões… Por isso, questiono tudo vezes sem conta. Porque não sinto segurança. Porque não sei se o amanhã existirá. Aquele que sonhamos ou desejamos. É por isso que caminho sozinho nesta noite fria. Porque assim ainda vejo uma sombra que surge de quando em vez na luz reflectida pela lua cheia. E desejo que sejas tu quem me acompanha os passos solitários…

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Tu


Nas minhas mãos seguro um preço incalculável de amor. As tuas mãos. Toda a loucura que imaginei muitas vezes e em segredo, que fosse o amor. O amor para lá da exausta palavra que o rasga em estilhaços. O amor. Seguro as tuas mãos e beijo-as devagar. Hesito-lhes o sentido (talvez não tenha mesmo sentido para elas). Seguro-as e amo-as e pressinto nelas um preço incalculável de perfume sondando a parte indiscreta dos sonhos. Sim, imaginei-o muitas vezes e em silêncio, este amor que me perturba e me preenche, me transporta... Um preço incalculado de amor sussurando na pele, forçando poemas luminosos nas esquinas dos dias, este amor que é apenas amor e se desfaz, se o segurarmos nas mãos, em mais amor, mais forte ainda, ardendo na cauda das palavras. Não o supus tamanho, possível. E no entanto seguro-o nas mãos. E por isso estremeço, seguro-o com força, hesito-lhe o ponto cardeal: TU. Que Deus nos guarde.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Para ti


Foi para ti
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e para ti foi tudo

Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que talhei
o sabor do sempre

Para ti dei voz
às minhas mãos
abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de tudo sermos donos
sem nada termos
simplesmente porque era de noite
e não dormíamos
eu descia em teu peito
para me procurar
e antes que a escuridão
nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos
vivendo de um só olhar
amando de uma só vida.

Mia Couto, Raiz de Orvalho e Outros Poemas

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O Regresso do Sorriso de Sol



Estava a ouvir esta música e lembrei-me de ti. Foi instinto. Sorri...
A palavra Amor só tem um significado. Um só nome. O teu...
Agarra a minha mão. Vem comigo. E acolhe este coração que bate desenfreadamente por ti. Amo-te muito sabias?!

Lembras-te?

O que vivemos foi bom. Fomos poesia como disseste. Fomos suor... amor e lágrimas... Fomos guerra e paz. Preto e branco. Tudo ou nada. Não podia ser de outra forma. Ambos sabíamos. Por isso, custa imenso sentir que ao fim de todo este tempo não me conheces. Chegamos novamente ao fim caminho. "Nunca mais..." (lembras-te?) Porque me segues então? Porque insistes? Quando nada mais tens para me dar? Quando julguei que me conhecias como mais ninguém. Puro engano... e já é tarde para voltar atrás. Lamento... lamento muito... Há um ano entrei neste blog cheio de sonhos. Hoje saio de mãos vazias...

Sentes...?


Sentes?
Como te percorro num poema?
Sentes
Como é escrever as palavras?
Como é arrancá-las do corpo
Para tas entregar, para que as sintas,
Para que o poema seja teu
E sejamos o poema
E eu seja a palavra
E tu sejas a poesia...
Sentes como te percorro num poema?

sábado, 14 de novembro de 2009

Sem revolta


Algures neste mundo tão grande, há corações que se pertencem para sempre. Às vezes lutamos muito contra isso e revoltamo-nos porque não percebemos porquê. Tentamos desesperadamente combater essa espécie de destino, encontrar uma outra saída...
Mas acredito que há seres humanos que são como as peças de um puzzle. E só quando as encaixamos, é que tudo o resto faz sentido.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

E de súbito


E de súbito
Tu
Esvoaçando nas vidraças claras do pensamento.
Tu
Caminhando nas minhas têmporas como fogo.
Tu
A doer cada vez mais.
Tu
De súbito.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

We've Got Tonight

Aceitas...?!

domingo, 1 de novembro de 2009

O teu riso


Este céu passará e então
teu riso descerá dos montes pelos rios
até desaguar no meu coração.

sábado, 31 de outubro de 2009

Amor é...


Conduzir na autoestrada a 80 km por hora só para poder vir a falar contigo ao telefone.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Pertenço-te...


Pertenço-te
Até ao fim do mar
Sou como tu
Da mesma luz
Do mesmo amar

Apetece-me mimar-te...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Deixo-me ficar


Entro aqui e deixo-me ficar. Há um silêncio de aço que me magoa a pele. Que me fere. Deixo-me ficar, mesmo assim. Não tenho para onde ir... entendes? Só aqui ouço os teus passos e encontro o teu perfume que a memória não quer perder. Deixo-me ficar. Fecho os olhos e deixo-me ficar... Uma lágrima cai-me pelo rosto, um espelho salgado da dor que sinto a escorregar pela tua ausência... Aninho-me no teu peito como dantes fazia... e deixo-me ficar. Conto-te baixinho o meu dia e tu passas a tua mão pelos meus cabelos e sorris sem dizer nada. Acendes um cigarro que partilhamos entre olhares e silêncios, porque nenhuma palavra se atreve na suavidade do teu colo, no ninho dos teus braços. Ouço serenamente o teu respirar. Deixo-me ficar. Não há mundo. Não há longe nem distância. Não há tempo que me roube todos os gestos de amor... O sol bate de mansinho no vidro e enche de brilho a luz dos teus olhos. E sinto de novo o nosso amor como uma concha, enrolado para dentro onde nada o atinja, o nosso amor como uma onda de espuma onde são possíveis todas as emoções... Tu beijas-me... A minha pele pede a tua... E eu deixo-me ficar.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Memórias de um beijo


- Um beijo - pensava ela, enquanto corria à chuva na cidade gelada.
- Um beijo - pensava ela, apertando junto ao peito as roupas molhadas, protegendo o corpo do frio que a penetrava até aos ossos.
- Um beijo - pensava ela, caminhando sem coragem nas ruas desertas, atravessando as estradas cheias de água.
- Um beijo - pensava ela, vagueando sem destino, gastando as horas vazias nos corredores do tempo.
Só um beijo, o beijo dele, um beijo infinito que parasse a dor. Só um beijo, o beijo da sua boca quente traria de novo o vermelho da vida aos seus lábios frios. Só um beijo, o seu beijo, faria derreter o gelo daquele inverno que lhe ia na alma, todo ele feito de solidão e saudade.
Um beijo só. O dele.

domingo, 11 de outubro de 2009

Um Dez Perfeito...

Ainda sinto no corpo a tua presença. Na pele, parte de ti. Na boca, o sabor da tua. Nos braços, o encaixe perfeito em ti. Nesta noite mágica, adormeço contigo meu Amor...
Já te disse hoje que te amo?!

sábado, 10 de outubro de 2009

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Carta para ti, Amor


Na última vez que nos amamos eu não queria partir. Era uma saudade tornada dor, logo ali, enquanto ainda te abraçava e tu me abrias a porta por onde saí sem olhar para trás. Na última vez que nos amamos, eu amei-te mais ainda, porque a tua pele tinha o meu nome escrito e eu soube ler no teu perfume que eras meu. Na última vez que nos amamos, eu trouxe-te comigo, no meu peito, dançavas na luz dos meus olhos, entranhado em mim, agarrava-te ainda nas mãos fechadas, sentia o teu sabor na minha boca, faminta do teu corpo. Na última vez que nos amamos, a memória teimava e persistia, regressava a ti, e sonhei-te toda a noite, num sonho onde era possível nunca mais abrires a porta por onde eu tenho que partir. Na última vez que nos amamos, eu quis ficar para sempre, sem tempo, num qualquer sítio a que pudéssemos chamar nosso. Na última vez que nos amamos, eu fui feliz. Eu fui ainda mais feliz.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Desculpa Amor...


Seria talvez mais fácil pedir-te desculpa através de um e-mail, de uma sms, ou de um simples olhar, mas escolho fazê-lo na nossa casa. Assim, pego-te pela mão, conduzo-te ao nosso sofá, olho-te nos olhos, e digo com toda a sinceridade: Desculpa Amor...
Sei que sou impulsivo, que tenho mau feitio, que digo coisas das quais depois me arrependo, mas sou assim... a tua "Peste". Desculpa por reagir intempestivamente. Por vezes deixo que o lado negro venha ao de cima. Eu Amo-te Meu "Estropício"...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Simplesmente...


Simplesmente...
Amo-te...

sábado, 19 de setembro de 2009

Contigo...


Leva-me a Salamanca, amor... Vamos ver o brilho da plaza-maior, de mãos dadas, trocando sorrisos e felicidade... Vamos sentar-nos ao sol, numa esplanada, comendo churros con chocolate caliente, lambendo os dedos como garotos... e depois da siesta, vamos abraçados descer as ruas até ao centro da cidade, de cabeça no ar admirando os monumentos... Leva-me contigo, meu amor, vamos ser apenas dois anónimos no meio da multidão que invade a cidade que tanto amas... Vamos falar espanhol com erros, e rir dos disparates que dissermos... Vamos tirar fotografias e parar o tempo... Mostra-me a universidade antiga e a catedral, vamos entrar e abençoar este amor que será para toda a nossa vida... Vamos fazer amor num hotel de pedra, pela noite dentro, até que o raiar do dia nos surpreenda dormindo abraçados e serenos...
Vamos passar a lua-de-mel a Salamanca... Levas-me, meu amor?

Tão perto...


Gosto quando nos reencontramos assim... Quando pousamos a ternura entre nós, na pele, bebendo a saudade de tantos dias de ausência e solidão... Quando as bocas se procuram, os corpos se exigem, e há tantas palavras nos gestos de amor... Gosto de desaguar em ti, de te sentir em mim, tão meu... Gosto de te tocar os cabelos, a barba macia, de abafar no teu peito o prazer que me devora, num jogo de mãos inquietas...
Gosto quando nos rencontramos assim, meu amor, quando tocamos as estrelas, tão perto da felicidade...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Tu e o Mar


O mar tem mais beleza quando estás comigo.
O cheiro a maresia é mais intenso quando o calor do teu corpo se faz sentir junto ao meu.
A praia é só nossa quando o beijo quebra todos os silêncios.
Quando ficamos.
Quando nos amamos.
Com o mar como pano de fundo...
Na praia... sempre nossa...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Feliz Aniversário


Poderia oferecer-te qualquer outra coisa, mas hoje deixo-te uma flor. É a tua preferida e tu conheces a lenda...
O dia é só teu. Vive-o bem... e sê feliz.

O Dragão e a Serpente

Era um homem estranho, rodeado de objectos tão invulgares como ele, a pele castanha brilhando muito ao sol forte da tarde que morria já em rajadas de vermelho. Eu deambulava ao acaso, os olhos vagueando sem rumo, perdendo-se em cada barraquinha e nos rostos dos vendedores. Procurava um presente para ti. Não queria trazer-te um presente qualquer, queria algo especial, um símbolo do nosso amor, das coisas que nos unem e nos separam... Queria algo que falasse de nós. O homem percebeu. Estendeu as mãos abertas, mostrando os objectos e explicou: "São signos chineses, menina. Trazem sorte... ou azar. Depende do coração de quem dá... e do amor de quem recebe." Decididamente, a história interessou-me. Tu sabes que eu sou curiosa... Havia-os de todos os tamanhos e feitios... feitos em marfinite, talhados à mão. Gostei dos mais pequeninos, que se podiam esconder na palma da mão fechada... e peguei no teu signo quase a medo. O homem voltou a falar: "Tem a certeza que é esse o signo?" Com um sorriso disse-lhe que sim, que tinha, e ele perguntou então se era para alguém amigo. Não, não é para um amigo, é para um homem especial, expliquei envergonhada. E foi então que os olhos do homem quase me perfuraram a alma, parecendo ler dentro de mim... e fez um breve silêncio até me perguntar qual era o meu signo chinês. Respondi-lhe e ele sorriu um sorriso estranho... "Fortes, os dois..." Calei-me. Pedi-lhe para embrulhar e paguei, olhando o meu signo na prateleira, tentada a trazê-lo também... Mas o homem percebeu novamente e disse-me que não, que não podia comprar para mim própria, dava muito azar. "Para dar sorte tem que ser oferecido. Com amor. E tem que ser recebido com amor também."
O Dragão ficou. A Serpente vou oferecer-ta amanhã, quando nos encontrarmos para tomar café. Porque é o teu aniversário. Porque te desejo toda a sorte do mundo. Porque no meu peito há um amor forte num coração que bate por ti. Porque quero que sejas muito, muito feliz... E porque sei também que o receberás com amor.
Parabéns, D. Estás no meu coração para sempre...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Os sonhos acabam quando finalmente acordamos de um sono profundo...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Últimas palavras


O tempo é um assassino. A memória uma prisão. Vivemos algures entre os dois: balançando, oscilando, numa espécie de maré. Salgada e doce. Quente e gelada.
Vivemos algures. Entre espadas e paredes. Lâminas afiadas ou superfícies de seda. Entre vertigens e sorrisos. Mágoas e vontades abandonadas. Abraços felizes e pele faminta.
Vivemos tantas vezes. Morrendo e renascendo, numa vida só. Entregando-nos a um tempo imparável. Sem compaixão. Implacável. O tempo mata e a memória prende. O tempo apaga e a memória recupera. Vivemos assim, algures, longe do mundo, num tempo de partidas e chegadas. Às vezes venho aqui para te trazer de volta. Para regressar contigo aos sítios onde tocamos as estrelas. Mas hoje venho só para me despedir. Para te beijar assim, tão docemente e deixar-te regressar à paz perdida, aquela que eu te roubei. Abate-se de novo o silêncio entre nós. Dias passarão, meses, até anos, mas eu sei e tu sabes, que quando por acaso os nossos olhos se cruzarem, o tempo parará de novo. O mundo deixará de fazer sentido. E dentro de nós, os nossos corações voltarão a esse lugar, algures, entre a dor e a saudade. E baterão ao mesmo ritmo. O ritmo inaudível de uma sonata a duas mãos. Que foi sempre, só nossa.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Tristesse...


O silêncio abateu-se sobre os dois. São actores de outros argumentos. De outro tipo de relacionamento. Apesar do esforço dele, não há lugar para uma simples amizade. Hoje ele teve a certeza! E um fosso enorme se abateu sobre os dois quando ele reparou na mão direita dela. Especificamente para o lugar vazio deixado pelo anel que ele um dia lhe ofereceu. Símbolo de compromisso, entrega e amor. Sim, amor... e não foram precisas mais palavras. Tudo se tornou demasiado dispensável. E na outra mão a velha aliança. Essa sim, poderosa e omnipresente. A que sempre prevaleceu... a que sempre prevalecerá...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Lugares vazios


Se me esqueceres, ... esquece-me bem devagarinho.

Mário Quintana

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Como?


Na última noite em que estivemos juntos, antes de me deixares partir, tu abraçaste-me muito fundo, limpaste-me as lágrimas com o teu sorriso de sol e disseste: "Até logo, meu amor..."
Havia nessa expressão a certeza de que seria fácil a distância entre nós, e eu quis acreditar que seria assim... Mas não é fácil. Tu fazes-me falta... Tanta falta! Procuro-te em todo o lado, sabendo que não és tu quem entra no café onde te espero, não é teu o rosto com que me cruzo na rua, não és tu do outro lado, sempre que atendo o telefone, não é teu aquele perfume, que sinto de raspão quando cumprimento alguém... E no entanto, procuro-te em todo o lado, tentando calar a dor e a saudade que batem fortes no meu peito, que me enchem os dias vazios da tua presença física... como uma obsessão, uma teimosia do coração em revolta que não aceita a tua falta. Penso-te. Em todo o lado, a todo o momento, penso-te para sobreviver à saudade. Meu amor de todas as horas, de todos os momentos, como calar a minha boca que exige beijar a tua, o meu corpo que quer encontar o teu e fundir-se num abraço infinito, morrer de paixão numa entrega completa, perder-se para sempre no teu olhar de mel?
Como?

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Até Logo...


deixo-te o meu sorriso de sol,
perpetuando o momento,
em que um eclipse de amor eterno,
uniu dois corações num só... para sempre...
Até logo Meu Amor,
Minha Vida...
Meu Sorriso de Sol...
Teu... Sempre Teu...

sábado, 25 de julho de 2009

O meu corpo... Teu


O meu corpo é um mar que vai e vem na maré das tuas mãos. É um jardim vivo, encantado, plantado em terra que faz mudar a cor das árvores e dos teus olhos. Por cujos ramos sobes, suspenso, a pairar com os sentidos atentos, na frescura da pele, num cheiro de mar salgado que desconcentra e embriaga os lábios.
O meu corpo é uma janela rasgada para dentro, onde te sinto, por inteiro, onde descansam os meus olhos outrora ansiosos. Onde se prolonga o calor de um sorriso infinito num quente frio que se cola à pele, agarrado pelas tuas mãos perdidas.
O meu corpo é um farol que passou a brilhar nos teus olhos fechados num ponto que chamaste estrela e que ninguém nos tirará. O meu corpo és tu comigo num dia perfeito. És tu a ficar em mim. O meu corpo és tu a viajar em mim, algures pelo meu sangue.

quinta-feira, 23 de julho de 2009


Hoje o meu coração está de luto. Mas carrego nas mãos uma flor. Espero que ela sobreviva ao tempo e me ajude a superar a dor...

domingo, 19 de julho de 2009

Estrela Guia


Hoje não preciso olhar para o infinito céu para ver a estrela azul. Hoje não preciso navegar nos mais revoltos mares para a encontrar perdida por entre corais. Não duvido que ela existe... mesmo sem a ver. Quero que ela me guie quando me sentir perdido. Preciso que ela me oriente quando o meu rumo se perder. Peço-te que sejas a minha estrela guia e me ampares quando as forças me faltarem. Porque nada sou sem a minha linda estrela azul. Porque nada sou sem ti...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

As tuas mãos


As tuas mãos não deveriam ser poemas que agarram, mesmo com asas, mesmo sem estares.

Felicidades Longínquas...


Hoje gostava de te oferecer uma flor. Deitar-me ao teu lado e acariciar-te a pele ao som de cada pétala. Hoje gostava de sussurrar ao teu ouvido que te amo. Hoje gostava de compor contigo uma romântica sonata ao luar. Hoje como em muitos outros dias gostava de poder fazer uma infinidade de coisas. Hoje como em muitos outros dias não posso. Hoje como em muitos outros dias fico sozinho e longe de ti. Mas hoje desejo-te um Feliz Aniversário e os votos de muitas Felicidades!

domingo, 12 de julho de 2009

No meu abraço


Fica assim comigo... Para sempre... Ficas?

sábado, 11 de julho de 2009

You & I


Juntos venceremos as adversidades. O Amor triunfará...
You & I...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Why...


Desculpa os meus silêncios. Tu entendes porque eles existem. Reconheces as minhas sombras à distância de um olhar e não precisas perguntar porque elas estão lá, cravadas no infinito. Muitas vezes olho em nosso redor e vejo muros, altivos, inquebráveis, frios, que teimam em nos travar os passos. Eu sei que esta relação é assim. As sombras vão e vêm. Sei que estão lá mas luto para não as ver. Às vezes não me é possível mas continuo aqui. À espera de te ter numa praia só nossa, num mar bailando ao som do vento...

sábado, 4 de julho de 2009

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Porque sim...

Porque dois seres que se amam nunca deveriam estar condenados a viver longe um do outro.
Porque é fácil amar na presença mas é único o amor que sobrevive à ausência, à distância, à saudade e ao silêncio.
Porque um dia, a minha alma de Lua se atreveu a amar o teu coração de Gato, solitário e sonhador.
Porque sim.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Lembro-me de ti...


Lembro-me de ti... Habitas-me em segredo desde sempre, há um tempo antigo, mais antigo que o meu próprio tempo.
Sei-te de cor como um poema que lemos vezes sem conta. Conheço-te cada feição, cada gesto, cada contorno, cada silêncio. A tua nudez mistura-se no calor das minhas mãos. Balança, no ondular da minha respiração, trazendo-te de volta vezes sem conta.
Visitas-me ao cair da noite e trazes o cabelo molhado, cheirando a mar. Num sussurro de palavras ainda por inventar. Numa onda apertada. De abraços fundos e num sorriso de sol. Beijas-me e o teu beijo escorrega para dentro, pelo avesso dos meus lábios. Deitamo-nos lado a lado e olhamo-nos horas a fio. Imóveis. Com uma alga a crescer-nos nos corpos. A entrelaçar-nos. A ganhar raízes. Lembro-me de ti e é a tua voz que ouço nos pensamentos, quando tudo se cala. Numa espécie de música ou água. Fazemos amor como tinta e papel mas nunca te saberei escrever...
Só sei lembrar-te assim... e é uma lembrança feliz.