
Sem ti, sem o teu riso claro,
luar nenhum me acende a madrugada fria...
Sem ti, sem a tua voz segura,
sinto-me atravessar terrenos pantanosos
que me tragam os pés a cada passo do caminho...
Sem ti, sem a música das tuas mãos,
só há ruídos ensurdecedores
que enchem a minha alma de mil angústias...
Sem ti, sem a luz do teu olhar,
não há calma nenhuma que me sossegue o peito...
Sem ti, sem o teu abraço,
perco-me num labirinto de saudade...
Sem ti, sem os teus gestos, sem as tuas palavras,
o relógio parte-se na hora estagnada
recusando o escorrer do tempo que passa...
E fico assim... gelada, triste, inerte, envolta
neste mundo imenso e vazio,
cheio só de sombras e de silêncios.
Quando tu não estás, há muros altíssimos
que não consigo transpor,
que me cegam, que me esmagam...
E dói... dói... dói tanto!...