
Pode esta bem ser a última vez que escrevo na nossa casa. Construída por ti e onde me senti amado e querido. Não lamento a minha impulsividade. Não lamento as minhas emoções. Tampouco lamento a forma e a intensidade com que te amo, seja em que sentido for. Sou emocional. Tu conheces-me... como ninguém... Não lamento nada nesta relação. Hoje dispo a capa e dou-me a este post. Talvez ele perdure pelo tempo... muito além de nós mesmos... e só isso já faz com que valha a pena. Eu amo-te muito. Mais até do que consegues sentir e, até, imaginar. Um amor que não escolhi. Um amor que não procurei. Um amor que me bateu à porta e me fez sonhar. Voltei a ser um menino, um adolescente, apaixonado... com aquele sangue quente a correr nas veias, feroz. Bastava te ver, nem que fosse por um segundo apenas, e tudo em mim se transfigurava. O sorriso iluminava o bater, acelerado, do meu coração e a vontade de correr ao teu encontro. Volvidos estes dois anos nada se alterou, muito pelo contrário. Amo-te a cada dia mais. De tal forma que não sei, não conheço, nem sequer imagino limites a este amor. Mas, como uma moeda, também tem duas faces. A da dor, da tristeza, da revolta, e da incompreensão. E eu sou um mar revolto, daquele bem bravo, que varre tudo ao seu redor quando irado. Aquele que castiga a areia vezes sem conta até se apaziguar. Só que este estado de "loucura" também desgasta... consome... desnorteia... e as forças se esvaiem... pesarosamente. Eu não quero ficar sem a tua mão. Não quero abdicar de ti... dos sonhos que (juntos) construímos... não quero abdicar de nada. Muito pelo contrário, quero mais... quero-te mais... nem que seja só na ilusão da própria vontade e querer. E, no entanto, é-me cada vez mais difícil suportar discutir contigo por razões tão vãs... às vezes tão insignificantes... mas que magoam imenso... e nos tira o chão. Disse-te que gostava de te amar menos... de te querer menos... talvez tudo fosse mais suportável. Mas não é! E, sabes, não conseguiria amar-te menos. Gostava de te poder dizer adeus. Mas as palavras saem e o coração não aceita. Um dia, muito antes de te conhecer, comecei a escrever um livro. Chama(va)-se "Em Busca da Felicidade". Nunca imaginava que tu fosses esse caminho. Mas és... o caminho que eu quero trilhar até sempre... se não for pedir muito. Mas este caminho não consigo percorrer sozinho. Preciso de ti. Lado a lado! Amo-te muito! Bem mais que estas palavras sentidas...
Sem comentários:
Enviar um comentário