quinta-feira, 17 de junho de 2010

Amar-te assim


E é quando cuidadosamente me seguras a cabeça e a pousas no teu peito, que tenho a certeza. É assim que tudo deve ser. O medo ronda o coração mas não ousa entrar. E enquanto me apertares contra ti, asseguras a continuidade das estações. E cada alvorada e cada crepúsculo. Enquanto os teus braços me segurarem manter-se-á a constância das ondas ao longo da costa e os rios correrão para o mar. Como sempre têm feito. As ervas e os troncos continuarão a rasgar a terra e a lua guiará os que se perdem nas noites de solidão. Porque só assim as coisas fazem sentido. Mesmo quando parece que não.

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