quinta-feira, 21 de abril de 2011

Do Tempo


São três os dias. Três as noites. Ou serão já cinco? Ou mesmo sete? Tento fugir aos ponteiros do relógio. Às armadilhas da memória. Ou ao aperto do coração provocado pela saudade. Em vão. Em vão...

Hoje, ao fim de três dias, ouvi a tua voz. Alegre. Saudosa. Longe... muito longe...
Não consegui disfarçar a tristeza, por mais que tentasse. Não consegui soltar palavras de carinho ou amor. Não porque não as sentisse. Apenas porque o coração atravessado por uma dor estranha, crua, sofrida, me calou todas as palavras. Encerrou todos os sorrisos. E me deixou só... de novo...

"Falta uma semana" - disseste.
Quis repreender-te. Quis muito dizer que estás tão errada. Mas respirei fundo, olhando o mar que me acompanhava os passos, e segurei o telemóvel junto ao ouvido, deixando sair apenas um suspiro. Porquê uma semana? Já não bastava esta? Porquê mais três dias? Ou serão cinco? Ou mesmo sete?

(...)

1 comentário:

B. disse...

Abraço-te meu amor... fundo... muito fundo...