De novo o meu corpo
dentro de água. Uma janela. Por ela chega-me uma nesga de céu de um azul em
desmaio. Cruza-o, obsessivamente, um pássaro que se repete em voos
solitários.
O meu corpo dentro de água. Hoje afasto de mim os teus olhos. Hoje não me importa que cor têm os teus olhos. Os meus dedos esqueceram a música da tua pele. E o meu corpo, que se move dentro de água, guarda apenas a memória morna do útero.
O meu corpo dentro de água. Hoje afasto de mim os teus olhos. Hoje não me importa que cor têm os teus olhos. Os meus dedos esqueceram a música da tua pele. E o meu corpo, que se move dentro de água, guarda apenas a memória morna do útero.
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