
Que posso dizer-te? A não ser que estou feliz, que sou feliz? Claro que também sinto medo... Como tu. Mas sabes, o dia de ontem deu-me toda a força, toda a vida e coragem de que precisava para continuar contigo na estrada da vida. A tua presença a meu lado durante todas as horas de ontem, mostrou-me mais uma vez que há partidas que não se fazem só porque tem de ser, só porque seria o mais razoável... Partir de ti é uma impossibilidade que o meu coração nem sequer equaciona... E tu sabes, ele é teimoso e persistente, regressa a ti sempre que a razão tenta impor-se... e por isso eu deixo-o falar alto. E ouço a sua voz.
Uma espécie de serenidade acordou comigo hoje. Está sentada a meu lado agora, enquanto te escrevo, e faz-se presente. Este presente que nós queremos que seja dos dois. Queremos muito. Porque sabemos que a dor acaba por passar, as lágrimas limpam-se, e fica só uma saudade infinita, gigantesca, tomando conta de tudo, toldando-nos a visão e atando-nos os passos nesta caminhada da vida. Eu amo-te. Amo-te tudo. E contra isto não se luta.
Ontem festejámos três anos juntos. Hoje dou-te as minhas mãos e recomeço a viagem contigo e com a certeza de que há uma luz ao fundo do túnel, há um rumo traçado debaixo dos nossos gestos, há uma estrela azul que teima em brilhar... Reinicio a vida do teu lado, com este amor tatuado no coração, presa, para sempre presa a ti. Ancorada no teu peito. No teu abrigo.
Porque há presentes da vida ou dos deuses que não podemos desprezar... E porque o teu amor é a estrela que me guia os passos e me levará a um lugar qualquer onde mora a paz.
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