segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sonho...


Não quero que sintas que abandonei a nossa casa. Podia tê-lo feito, como o fiz antes e por várias vezes, mas deixei-me ficar. Ainda que em silêncio, este foi um dos meus refúgios. Os outros tu já os conheces. Sabes que procuro nos elementos da natureza a Paz que tantas vezes me falta. E a Serenidade também. Ontem, falamos de sonhos. Quando tudo parecia precipitar-se, de novo, num abismo sem fundo, negro e frio, falamos de sonhos. Também os tenho. Também os alimento (ainda que em segredo). Mas o meu sonho maior não está à distância de semanas, meses ou anos. Não está refém de um eclipse que acontece de quando em vez num lugar bem longínquo do nosso. O meu sonho está à distância de um toque, de um abraço, de um beijo... está a um minuto de mim... ainda que às vezes pareça que está a milhares de quilómetros. O meu sonho tem poucas letras. Mas tem na Lua o teu rosto. Quero viver esse sonho sempre. Lutando contra amarras e algemas. Porque a Vida pode ser um sonho que sonhamos acordados. E é nesta casa que me deito e repouso. E espero que o meu sonho te traga até mim...

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