
Tocar-te em cores de fogo. Num arrepio de mar. Azul. Tocar-te da cabeça aos pés. Nos lábios. Nos cabelos. Num curvilíneo deslizar. Do queixo ao pescoço. Tocar-te no espaço vedado ao tempo e aos olhares. Tocar-te por inteiro. Pelo avesso. Tocar-te numa embriaguez à deriva pelo teu corpo. Numa imensidão de sentidos. Sem perguntas. Sem porquês. Tocar-te com mãos de anémonas. Medusas lentas. Quentes. Diluíndo pela pele um desejo volátil. Evaporando suspiros à passagem. Torpores, palpitando vida na pulsação. Tocar-te e sentir-te o cheiro. A mar. Mar azul profundo... E naufragar em ti.
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